Na primeira sessão do tratamento oncológico
provámos a sopa do hospital e o arroz doce,
para afugentar a lâmina fria do medo
e o travo amargo que se colava às palavras.
bebemos água, cerimoniosos, benzendo segredos,
amparamos as horas frágeis, mãe e filho, lado a lado,
na esperança e no desespero desta luta de silêncios e fé!
sim… a boa disposição das enfermeiras era um placebo
contagiante!
um copo de água com açúcar... para festejar a vida por favor!
ao sair do hospital, a dimensão da primavera eclodia em
cores mágicas.
acredito que algures no recesso de um qualquer universo,
haja uma luz que nos guia, dando sentido a este caminho de pétalas caídas.
Sem comentários:
Enviar um comentário