O vagar e a oportunidade esmagam-me a escrita
quero decompor um poema até à seiva, porém…
falham-me os dedos por entre o carcere do tempo,
a musicalidade com que digo não já é um bom começo.
não me arrependo dos dias gastos com a cabeça
enfiada na luz azul dos ecrãs, são eles que sustentam
a completa invasão do fluxo binário homem-trabalho,
este é o meu ganha-pão – não pertencer a nada.
ser um ponto remoto de mim.