segunda-feira, 28 de julho de 2014

Colectânea Seduz-me - Nu teu espaço




Quando foi lançado o desafio não tinha nenhum conto preparado dentro temática sugerida "do erotismo e da sedução". Porém, na altura, estava a escrever um texto de ficção cientifica com algum pontos de intercepção com o tema e que talvez pudesse inserir-se nesse meio. Assim, contribui com o conto "Nu teu espaço", agora englobado na colectânea "Seduz-me" da Pastelaria Studios


sábado, 19 de julho de 2014

Casa das Palmeiras


Pela acolhedora simpatia com que fomos recebidos, há sítios que nos fazem sentir em casa. A Casa das Palmeiras é um destes locais. Trata-se de uma quinta de turismo rural, situada em Gandufe, abrangida pela região vitivinícola do Dão, no sopé da Serra da estrela. Aqui descansa-se o corpo e a mente, com um olhar sereno pela vida do campo, onde o tempo faz ouvir a voz da terra. Em cada recanto da Casa das Palmeiras encontramos sempre algo de novo, com uma história por descobrir. Até os animais domésticos tem fábulas para contar; como é o caso da Ritinha, a "produtora" de leite que está na origem do queijo e do requeijão caseiro, e a Pêpa, uma porca muito curiosa que se delícia com festas e canções de embalar.
A primeira vez que visitámos este local estávamos de passagem num périplo fotográfico pela serra. Entretanto, foi-nos endereçado o convite para realizar um inventário da biodiversidade que ocorre na quinta. E assim, durante dois dias, registámos as cambiantes mágicas da natureza.

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Foram observadas 24 espécies de aves *  entre as quais, o mocho-d´orelhas (Otus scops), o mocho-galego (Athene noctua), a poupa (Upupa epops), o gaio (Garrulus glandarius) e o pardal-montês (Passer montanus).
Na piscina biológica fotografámos a rela  (Hyla arborea), a rã verde (Rana perezi)  e o tritão marmoreado (Triturus marmoratus) e ainda foram observadas as libélulas Lestes virens e Anax imperator.
Nos campos adjacentes e nas suas clareiras foram identificadas 13 espécies de borboletas. Para surpresa e contentamento dos presentes, à noitinha, pelas veredas da quinta, conseguimos observar o tímido ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus) - o maior insectívoro da nossa fauna.
Muitas são as oportunidades que a Casa das Palmeiras tem para oferecer ao visitante que procure na natureza descanso e lazer. Eis alguns momentos de luz e privilégio com que registámos estes dias. 





Papoila (Papaver somniferum)


Rã verde (Rana perezi)


Rã verde (Rana perezi)


Rã verde (Rana perezi)


Nenúfar (Nymphaea alba)


 Rela (Hyla arborea) 


 Rela (Hyla arborea) 


Rela (Hyla arborea)


Nenúfar (Nymphaea alba)


Tritão-verde (Triturus marmoratus)



Macrolepiota procera


Pardal-montês (Passer montanus)


Pardal-montês (Passer montanus)


Lycaena tityrus


Melanargia lachesis


Argynnis pandora


Chrysocrambus dentuellu


Idaea ochrata


Borboleta-zebra (Iphiclides feishtamelii)


Aspitates ochrearia


 Abelhão-terrestre (Bombus terrestris)


Abelhão-carpinteiro (Xylocopa violacea)


Ouriço-caixeiro (Erinaceus europaeus) 


Ouriço-caixeiro (Erinaceus europaeus) 


Macrolepiota procera





* lista de observações de aves realizada por  José Frade e Frederico Morais



sexta-feira, 18 de julho de 2014

XVI









Sentámo-nos a contemplar a fortificação antiga;
calmamente bebíamos os olhares por entre um copo de cerveja
recapitulando, sem saber, gestos de tempos idos.
de quando em vez:
dos teus lábios de nuvem surgia o mar ainda novo,
do ombro nu - o flanco de sol em maré cheia de esplanada,
no teu pulso de oiro - o relógio parado num tempo líquido,
do teu tornozelo queimado -  subiam algas de andarilho. 
depois disto,
o calor das palavras queimava a boca dos nossos segredos
esvaziando as horas iniciais.  

No forte São Julião da Barra,
onde há séculos o sol repete a mesma história;
trágica comédia de amores desavindos
com tantos encontros perfeitos e outros finais.
ali, estava escrito nos corpos de areia e no pó das estrelas
que ano após ano, naquele dia e àquela hora, tudo voltaria a acontecer, 
sem que encontrássemos diferenças
entre personagens deste ou de outro tempo,
porque no final tudo volta ao mesmo,

apenas diferem as máscaras e as sombras.




terça-feira, 15 de julho de 2014

Exposição de Fotografia - Quatro Estações Sobre Monsanto


Meus caros amigos,


É com muito prazer que vos convido a visitar a minha Exposição de Fotografia - Quatro Estações Sobre Monsanto, no Edifício Central do Município, de 14 de Julho a 31 de Agosto.






Morada:
Campo Grande, 23/27 B
Lisboa

Horário:
2a a 6a feira
das 8h00 às 20h00



quarta-feira, 2 de julho de 2014

Sisi




Esta é a Sisi - uma gatinha com 10 anos.  Conhecemo-nos ontem quando regressava a casa. Obrigou-me a parar para ouvir a sua história, ao mesmo tempo que trocámos umas festas.
Há uns anos, a dona da Sisi morreu e a gatinha foi adoptada pelos vizinhos do prédio. A gatinha está muito bem tratada e esterilizada. O curioso é que ela só aceita festas de homens e torna-se arisca ante a proximidade de uma mulher. Quem me contou isto foi uma senhora, vizinha da gatinha, que tentou tocar-lhe, porém sem sucesso.



Comigo passa-se o contrário - aprecio a companhia feminina mas também gosto dos afectos de Sisi. Partilhei esta ideia com a gatinha e ela não se importou. Entretanto, ouviu-se uma voz que a chamou e Sisi desatou a correr, talvez fosse hora de jantar. Não nos despedimos, porque o tempo corre de forma diferente quando estamos em sintonia e em paz connosco.
Fui para casa a pensar na simplicidade das coisas que fazem os dias durar anos. E Sisi bem podia sair de um filme francês a meio...



M22

  Uma lágrima faz estremecer o vinco do lençol imaculado como uma flor ainda sem nome, há dias em que as palavras são audíveis rasgos ...