Naquele tempo onde pouco era suficiente
fomos ao oftalmologista, eu não percebia,
quando chegámos a casa, sentado no sofá,
tapavas-me a vista direita e eu não entendia.
Porque me pedias para contar
quantos dedos a tua mão acenava de lonjura?
uma massa disforme baloiçava no nevoeiro vivo,
num vislumbre sombrio, eu não percebia....
Porque choravas perante a minha cegueira,
se me bastava o tacto do olho direito
para te sentir tão inteiramente bonita,
Sempre foste Mãe!
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