Camisa preta em cima da cama,
calças escuras engomadas,
corpo lavado em água tépida,
e barba escanhoada.
as roupas ajustam-se à pele,
os músculos procuram sustento,
na luz que faz as borboletas voar,
de gesto perfumado, quase me apetece rir!
saiu de casa com encontro marcado
compro um ramo de rosas vermelhas,
o carro conduz-se pelos soluços da velocidade;
chego ao local combinado: está sol, o ar é negro.
sei que não me querias a caminho do cemitério,
mas que remédio tenho eu senão desobedecer?
estou aqui, quase transparente, de boca seca,
falo contigo neste domingo de desencontrados.
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