segunda-feira, 3 de novembro de 2025

O caminho desobediente

 


Camisa preta em cima da cama,

calças escuras engomadas,

corpo lavado em água tépida,

e barba escanhoada.


as roupas ajustam-se à pele,

os músculos procuram sustento,

na luz que faz as borboletas voar, 

de gesto perfumado, quase me apetece rir!


saiu de casa com encontro marcado

compro um ramo de rosas vermelhas,

o carro conduz-se pelos soluços da velocidade;

chego ao local combinado: está sol, o ar é negro.


sei que não me querias a caminho do cemitério,

mas que remédio tenho eu senão desobedecer? 

estou aqui, quase transparente, de boca seca,

falo contigo neste domingo de desencontrados. 





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