sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Chapim-carvoeiro em teletrabalho



A tarde de ontem chegava ao fim, contudo, o dia de teletrabalho obrigava-me a mergulhar os neurónios no monitor para tentar perceber o que nem sempre é óbvio. Virtudes do cansaço. Era melhor fazer uma pausa antes que desse asneira o que tentava bulir com esforço inglório. Assumei-me da janela, um minuto foi suficiente para sentir a liberdade das árvores, a bofetada do vento, o corrupio do chapim-carvoeiro e de todos outros bichos que nunca viram um relógio, nem entendem o significado do tempo não voltar para trás.

A forma como a ave subiu os ramos fez-me sentir inveja da sua coragem e batimento cardíaco. Voltei para a lógica do monitor, menos binario, menos máquina avariada, até que fosse meia noite num lugar qualquer.

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