na anca nua e voraz de pele ainda morena
a menina mandou fazer uma tatuagem de uma íbis pequena
mas a ave negra não se deixou aprisionar e escapou
dos poros da pele picotados a jacto de tinta num explosivo voo
a menina passou o verão a toque de espanto
e não satisfeita com tal desencanto
erigiu outra tatuagem no delta do umbigo
uma linda cegonha que ardia no ventre em quente castigo
mas a cegonha não teve vergonha e com o prenuncio do frio
bateu as asas e da pele da menina a cegonha fugiu
triste ficou a pequena que não sabia mais o que fazer
no mapa do corpo louco,
toda e qualquer tatuagem era uma miragem que tendia a desaparecer
o tempo passou e com ele veio a raiz da mudança
agora a menina inscreve na pele da vida
a tinta permanente o embalo de uma nova criança
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
a menina das tatuagens que voavam
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