cicatrizes nas paredes, sulcos da doença do tempo,
desmaiam reflexos pelos relógios usados na tua calma,
ecos de agonias, tonturas, branco tímido no teu nome.
Não tive coragem nos olhos para deitar abaixo o teu ninho
por isso os homens fortes recolheram a mobília,
levaram o cheiro a verniz e a naftalina das mantas,
assisti a isto: como quem vive dentro de um diário sem o ler.
Acartaram os ossos da cama e as asas espelhadas do roupeiro
a cómoda, as mesinhas de cabeceira suspensas por tábuas
feitas pelos ramos de uma árvore que vagueia por aí
na companhia de borboletas nocturnas vigilantes.
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