quinta-feira, 20 de junho de 2024

A tua porta

 

oiço o lamento na brancura da porta onde tu eras tu,

com a janela aberta o vento empurra abecedários,  

as dobradiças abrigam à fuga do tempo melodioso,

o som só é interrompido pelo músculo da fechadura.


fico à espera que tu segures na porta branca e digas...

fico à espera que circules no corredor apertado e suspires...

espero ver-te mais uma vez junto à janela a olhar para...

fico à espera que me chames filho.



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