Peço uma senha de visita,
um risco vermelho pinta o bilhete,
tenho autorização para entrar,
o elevador sobe até ao 6º piso,
no ascensor engulo todas as lágrimas
aqui não há espelhos apenas olhares caídos,
respiro fundo e regurgito um sorriso novo,
Mãe estás à janela, virada para o infinito.
choras quando me vês entrar,
começo com palhaçadas para te animar,
falo rápido, descasco o fruto das saudades,
abraço-te como se fosse a nossa casa a chamar,
Do quarto 602 os médicos dizem cousas loucas,
não quero ouvir, nem as quero mastigar!
amanhã, estou contigo, nova viagem!
o elevador desce vazio.
Sem comentários:
Enviar um comentário