quinta-feira, 6 de julho de 2023

Abençoada febre

 

Não consigo estar quieto!

num frenético desconforto

enrolo-me, cuspo-me para o chão,

idealizo terramotos numa noite eterna.

 

a abençoada febre despe-me dos suores

não gastos em prazeres fêmea.

sou uma mortalha usada e molhada,

nem para charro de rodada me ajeito.

 

com olhar de peixe o médico disse:

“incha, desincha, depois passa!”

pego no receituário prescrito e no verso leio:

“como era se ficasse tudo às escuras para sempre?”



Sem comentários:

Enviar um comentário

Monte Santo - Uma viagem pelo parque florestal de Monsanto

Depois de 13 anos de fotografia e filmagens da biodiversidade do Parque Florestal de Monsanto, fui convidado a fazer parte da equipa que ago...