segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Em busca do perna-verde-fino (Tringa stagnatilis)



Antes das 09:00 já estávamos à porta do Evoa na Reserva Natural do Estuário do Tejo. 
Quando fomos atendidos dizemos ao que vínhamos. Pelas indicações obtidas há dias, andaria nas imediações de um dos abrigos um perna-verde-fino (Tringa stagnatilis).
Pagámos a entrada e depressa fizemo-nos ao caminho com mochilas às costas e olhos cheios de esperança.  

Mal entrámos no abrigo demos com o bicho, no meio de outras aves, entretido a debicar numa poça de reflexos tão interessantes quanto distantes. Longe, mas era ele, disso não restavam dúvidas.



Passado alguns minutos todas as limículas levantaram voo, asas para que te quero, ante a presença de uma ave de rapina, o perna-verde-fino não foi excepção.




Pensámos que o bicho tinha desaparecido com debandada urgente. Todavia lá estava ele, escondido do lado esquerdo do abrigo, a jeito de uma fotografia e foi isso que fizemos. Esta ave é mais pequena que o perna-verde-comum, o bico não é curvado para cima e é ligeiramente mais fino. Depois a ave alimentou-se calmamente e foi andando entre águas até ficar em contra luz.











Na boca de cena do abrigo os bichos continuaram na sua vida, compondo melodias de adejares entre reencontro e partidas. 

A correria desenfreada do borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula).



Entre momento de chegada e reflexão dos abibes (Vanellus vanellus).




As manobras elegantes da Garça-branca-pequena  (Egretta garzetta) marcavam o ritmo da luz.





O pilrito-pequeno (Calidris minuta)  andava agitado e nada preocupado com o seu tamanho ante a dimensão da lezíria e dos seus pares.





Um jovem colhereiro (Platalea leucorodia) passou desconfiado pelo abrigo para depois se juntar com as outras aves brancas.








Agradecimentos:



Sem comentários:

Enviar um comentário

M22

    Uma lágrima faz estremecer o vinco do lençol imaculado como uma flor ainda sem nome, há dias em que as palavras são audíveis rasgo...