sábado, 9 de junho de 2012

"Prometheus"


Já foi à tanto tempo. Lembram-se dos bichinhos a sair das barrigas dos astronautas e outros bichinhos a entrar pela boca dos mesmos?


Por si só, ir ao cinema com uma plateia composta por 5 pessoas já é um facto relevante, se estivermos a falar do último filme do realizador Ridley Scott ainda mais estranho será.
Mas não me senti incomodado pelo vazio da sala, muito pelo contrário, uma vez que iria presenciar um género de cinema de que gosto particularmente e um realizador que admiro na sua vertente “Sci-Fi”. Portanto, sou um pouco suspeito para criticar. Este texto também não é uma critica, antes uma comemoração às tardes de bom cinema, sem pipocas, sem empurrões, sem gritinhos histéricos e com um intervalo generoso, o suficiente para contar os passos até à esplanada.
A ficção cientifica de saga Alien já foi à trinta anos mas depois de ver Prometheus, fico com a impressão que o tempo não passou, ou se passou não se fez notar na tecnologia envolvida, a não ser pelo 3D. Eu vi o filme a 2D (sou conservador nestas coisas de sensações e profundidades) e posso dizer que os efeitos especiais (2D) são extraordinários; a história respira sem ajuda desses efeitos e as personagens são sólidas o suficiente para justificarem e defenderem a sua tarefa no filme, em especial a brilhante Moomi Rapace (a menina Lisbeth Salander da versão sueca de «Millennium»)


O argumento não é novo. Mas torna-se quase filosófico quando aborda a existência divina na criação da humanidade. Sendo esses “Deuses”, visitantes extraterrestres e as muitas interrogações que se levantam sobre as diferentes civilizações ( Maias, Sumérias, Egípcias) que adorariam esses seres humanoídes de grandes proporções, edificando esculturas e pinturas onde essas entidades divinas, de braços erguidos aos céus, supostamente apontavam para uma determinada constelação.
Essa é a viagem que a tripulação da nave Prometheus vai realizar em busca de uma resposta para a criação dos nossos erros e das nossas virtudes.

Levei alguns murros nos estômago. Quem viu o filme não se vai esquecer da operação cirúrgica que é realizada em tempo recorde para retirar um “feto indesejado” e ficamos por aqui. 


Valeu o dinheiro do bilhete? Sim. Voltava a ver? Sim. Se estamos perante um filme de culto? Creio que não, com a saga Alien o 8º Passageiro por perto, falta-lhe uma estrelinha, aquela novidade.

2 comentários:

  1. Já ouvi que este é um "tiro no pé" de Ridley Scott pelo facebook, mas sendo esta uma fonte inviável de informação, o mais certo é aventurar-me e seguir o conselho aqui dado, não obstante algumas reservas.

    Obrigado pela critica!

    oincontestado.com

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  2. Agradeço a opinião e espero que não tenha dado por mal empregue o tempo e o filme. Obrigado.

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M22

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