nada possuo!
desde o sangue que faz pulsar a cabeça da casa,
até os ossos deste esqueleto que se ergue dançarino,
tudo me será retirado no dia em que me for,
e esta lura de brinquedos será habitada por outros iludidos.
a ferrugem do meu plasma fará parte do próximo veículo voador,
as moléculas do meu fato novo e as fábulas numéricas da moeda,
farão do ouro a miséria que os exércitos perseguem diariamente,
somos todos protagonistas castrados de um pódio efémero.
verdadeiramente nada me interessa e nada me pertence!
tudo será engolido e regurgitado para um outro que virá.
para ser franco, apenas habito uma fração de tempo e átomo,
com que galanteio esta farsa até à hora do meu enterro.
Sem comentários:
Enviar um comentário