segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Merkosy

É vê-los de mão dada e outros de mão estendida
em ósculos tímidos e apertos de mão implicados
perante os desígnios maiores de um espaço comum
mas nunca fiando em vender o Fado por tal jugo emprestado

Não olvidemos os farrapos de cinza ensanguentada
em que nos deixaram depois das invasões beligerantes
pela pérfida conquista das fronteiras e de sonhos doentios.
dizeis vós: “mas isso já lá vai...”
contudo, se a ameaça é um factor que devemos ter em conta,
e pela impermutabilidade com que os factos ocorrem,
na Europa existem duas faces de um ser mutante que me preocupam:

chamam-lhe biótico, antibiótico, anedótico Merkosy
e dizeis vós: “ai se as comadres se zangam...”
só esperemos que a história não se repita.

2 comentários:

  1. Oh Sérgio! Penso que de forma bem poética, tocaste num ponto que espero não se transforme num detonador...

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  2. Todos nós esperamos o mesmo, meu amigo. Abraço

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papoila de corda