sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Vamos para casa filho!

 

No regresso aos corredores azuís 

do hospital de onde tu partiste, 

em cada rosto procurava o teu,

em cada senha a tua idade branca.


o teu nome esculpido na massa silenciosa do luto.

das portas, das macas nos lençóis queimados

enquanto espero que a minha vez chegue...

oiço os gritos em frases interrompidas

estropiados com olhares afundados

nas cadeiras de plástico,  onde se derrete queixumes, 

espero ver-te chegar e dizer: "Vamos para casa filho!"


sem saber o que fazer com os pés que não param quietos,

dei por mim a flutuar dentro de uma lágrima.


 



Vamos para casa filho!

  No regresso aos corredores azuís  do hospital de onde tu partiste,  em cada rosto procurava o teu, em cada senha a tua idade branca. o teu...