No regresso aos corredores azuís
do hospital de onde tu partiste,
em cada rosto procurava o teu,
em cada senha a tua idade branca.
o teu nome esculpido na massa silenciosa do luto.
das portas, das macas nos lençóis queimados
enquanto espero que a minha vez chegue...
oiço os gritos em frases interrompidas
estropiados com olhares afundados
nas cadeiras de plástico, onde se derrete queixumes,
espero ver-te chegar e dizer: "Vamos para casa filho!"
sem saber o que fazer com os pés que não param quietos,
dei por mim a flutuar dentro de uma lágrima.