tento não ser nada,
enrolado numa manta alentejana,
no conforto que se segue a uma vertigem,
espero ser engolido pelo silêncio dourado.
à minha frente o animal doméstico
esgravata as paredes húmidas
sem que ninguém o alimente
a televisão é ignorada por guerras vítreas .
imóvel, na esperança que os males
descamem ao sol deste aguçado espinheiro
espreguiço o dia a dia em retalhos de pele seca,
cada erro maior que outro... Que belo amanhã!
arde, arde pauzinho de incenso, leva-me contigo!
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