Na carpintaria viajante da memória
sinto o perfume da serradura recente,
repito os nomes das ferramentas afiadas
tento a curva de uma letra com lascas de pinho.
Hoje, com óleo de linhaça, dei brilho aos móveis,
tuas árvores, meu Pai, das quais deste nome e forma,
não tendo o teu engenho para edificar obra,
observo a plaina a manusear silêncios,
nas nuvens suspensas com cola de madeira.
Sem comentários:
Enviar um comentário