No silêncio do olhar do gato cabem todos os pensamentos do homem. O gato dá nome às terras por descobrir, sobe às árvores eternas, entra nas casas por desenhar e descobre o amor na traição das noites sem luar. Já o homem, invade territórios, subjuga irmãos, idealiza impérios de fumo, tudo pela gula autofágica de quem sonha ter mais do que sete vidas e um terço de arrogância.
Encontrei este felino nas sombras estridentes da rua. Eu estava quase perdido, ele, de pose triunfal, achou-me, para depois fazer-se dia. Sem que nenhum de nós ocupasse mais de um minuto da vergonha deste mundo, desaparecemos nos bombardeamentos que sangram lá longe.
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