o homem tecnológico trucidou o riso da erva daninha,
o que era terreno baldio, onde o bravio habitava a luz,
implodiu num grito que só os pássaros repetiram em fuga,
não contente com a devassa do dinheiro e do condomínio privado,
o homem tecnológico arrancou o coração e a raiz da árvore inocente;
e o casulo da mariposa caiu, tal como o ninho da primavera foi engolido
pela máquina mandibular que comercialmente é ordenhada pelo seu dono,
ao terraplanar as micro-cidades de ecossistemas ainda sobreviventes,
tudo isto em nome de um cubo que se sufoca a ele próprio.
imagino o dia em que outros animais nos darão o mesmo consolo.
Sem comentários:
Enviar um comentário