olho para os locais onde não estás,
na conversa dos pinheiros e da sua sombra,
nos bancos improvisados de uma tarde longa,
na margem dos cafés e dos castelos de amigos,
na tua falta, sobrevivemos às feridas deste casco,
arrumamos gavetas com vozes dentro,
procuramos sinais soltos num bailado de uma vela.
num rascunho de uma noite que se espera desfocada.
antes de sair revejo-te espectral, sentado no sofá,
oiço o eco de mil portas a abrir,
e recordo o teu aviso: "boa viagem e com cuidado!"
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