quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Em busda felosa-sombria e de outras raridades


Más fotografias! Mesmo mesmo mázinhas! E é mesmo por isso que as publico. É necessário valorizar os instantes em que as coisas não correm como desejado. Os bichos não são modelos que nós possamos dizer, agora mais para a esquerda ou direita, faz uma pose séria ou... A fotografia é momento e estes (também) são os momentos de más fotografias.

Tudo o que podia contribuir para uma terrível foto está bem escarrapachado; desde a luz, passando pela distância, o arame farpado e o poste de madeira, pauzinhos à frente do bico, o fundo (qual fundo?) cheio de distracções, já para não falar das ondas de calor. Está lá tudo. Mas é o que temos. Eu sei que as espécies registadas, não são de fácil observação. Talvez por isso, podemos afirmar que nesta saída de campo os objectivos "mínimos" foram alcançados. Talvez! 

Pronto... pronto... Nestes casos pode-se dizer que o que conta é registar a espécie nem que seja com uma fotografia de qualidade sofrível. Foi o que aconteceu com a felosa-sombria "Phylloscopus fuscatus"  (espécie oriunda da Sibéria). Contudo, ainda pior ficou o abibe-sociável "Vanellus gregarius" (fazia jus ao nome num saudável convívio com outros abibes a uns "quilómetros" de distância). Eu sei que estas fotografias não passam de um esboço de fraco recorte técnico que em nada enaltece a beleza destas aves. Porém, quem sabe se para a próxima não terei a sorte e a oportunidade de ter uma luz favorável, um bicho colaborante, enquadrado com um fundo fantástico (o fundo é "quase" tudo!).  Já é muito bom ter obtido um rabisco que dê para identificar a espécie. O que verdadeiramente importa é o momento e o que dele guardamos (em memoráveis gargalhadas) com um brilho nos olhos que nos permita querer voltar.








Pelos caminhos da lezíria tive ainda a oportunidade de observar um tartaranhão-azulado fêmea "Circus cyaneus" que demarcava o seu território com voos rasantes, permitindo uma fotografia mais apresentável


Tal como, um pisco-de-peito-azul "Luscinia svecica" que nem a pedido de muitas famílias mostrou o fantástico azul do peito. Está no seu direito.





Agradecimentos: 
José Frade





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