Pensava em ti e nos verbos que criei em gaiolas,
nos dias urbanos em que desenhei a tua sombra:
nas carruagens do metropolitano,
nos carros de chuva,
nas locomotivas transparentes,
nos elevadores das torres altas,
nas curvas apertadas da marginal,
entre pontes, hotéis e dormitórios,
nas minúsculas janelas do corpo de uma cidade,
mas em nenhum destes reflexos te encontrei,
porque foste aragem que atravessou os poros
de todas portas...
até à carne limpa do silêncio das casas;
sendo às vezes mais do que um átomo d´amor.
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