Ainda estou por descobrir quantos rostos cabem dentro do teu rosto;
para isso recorto a tua face de silêncio na curva de Vénus
e sigo os pontinhos das estrelas que perfazem o labirinto do teu sorriso,
desarmado o encanto da dançarina secreta Mata Hari.
para isso recorto a tua face de silêncio na curva de Vénus
e sigo os pontinhos das estrelas que perfazem o labirinto do teu sorriso,
desarmado o encanto da dançarina secreta Mata Hari.
Peço-te uma palavra, uma qualquer, tanto faz.
Tu num esgar
mágico ergues o sobrolho típico de uma mulher de armas
e dizes baixinho: Nefertiti.
e dizes baixinho: Nefertiti.
Eu não digo nada.
Tu continuas a metamorfose do rosto e dos rostos que nele habitam.
Tu continuas a metamorfose do rosto e dos rostos que nele habitam.
No rasgar
náutico dos teus lábios és agora Joana d'Arc;
olhas para o
horizonte e deixas o vento escorrer a beleza das coisas simples
deixando antever na nudez do quadrante esquerdo do teu pescoço,
um sinal castanho em forma de ilha virgem só habitada pelo sol.
Pergunto se sabes quem és?
Tu apanhas o cabelo, qual Marlene Dietrich, e para demonstrar a tua impaciência
fechas o rosto de animal ferido ao desgosto imitando o fado de Severa
de perfil frio, tão frágil.
Passas as mãos pelas mãos e depois pela face e já não és quem eras.
De língua curta a percorrer o lábio húmido seguindo-se um cruzar de pernas,
para depois libertares o cabelo como um cavalo selvagem montado por Minerva.
Pedes um café com adoçante e trincando o agradecimento;
por instantes és Sugar Cane ou Marilyn Monroe deitada na cama do amante impossível.
Por fim, quando espreitas por entre a chávena de café e um raio de sol,
em diagonal perfeita, o mapa dos teus olhos celebra um bom dia que não descansa.
Existem tantas mulheres no teu rosto
que não cabes em alguma delas
mesmo quando não te vejo
és todas e nenhuma outra.
deixando antever na nudez do quadrante esquerdo do teu pescoço,
um sinal castanho em forma de ilha virgem só habitada pelo sol.
Pergunto se sabes quem és?
Tu apanhas o cabelo, qual Marlene Dietrich, e para demonstrar a tua impaciência
fechas o rosto de animal ferido ao desgosto imitando o fado de Severa
de perfil frio, tão frágil.
Passas as mãos pelas mãos e depois pela face e já não és quem eras.
De língua curta a percorrer o lábio húmido seguindo-se um cruzar de pernas,
para depois libertares o cabelo como um cavalo selvagem montado por Minerva.
Pedes um café com adoçante e trincando o agradecimento;
por instantes és Sugar Cane ou Marilyn Monroe deitada na cama do amante impossível.
Por fim, quando espreitas por entre a chávena de café e um raio de sol,
em diagonal perfeita, o mapa dos teus olhos celebra um bom dia que não descansa.
Existem tantas mulheres no teu rosto
que não cabes em alguma delas
mesmo quando não te vejo
és todas e nenhuma outra.
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