Já foi à tanto tempo. Lembram-se dos
bichinhos a sair das barrigas dos astronautas e outros bichinhos a
entrar pela boca dos mesmos?
Por si só, ir ao cinema com uma
plateia composta por 5 pessoas já é um facto relevante, se
estivermos a falar do último filme do realizador Ridley Scott ainda
mais estranho será.
Mas não me senti incomodado pelo vazio
da sala, muito pelo contrário, uma vez que iria presenciar um género
de cinema de que gosto particularmente e um realizador que admiro na
sua vertente “Sci-Fi”. Portanto, sou um pouco suspeito para
criticar. Este texto também não é uma critica, antes uma
comemoração às tardes de bom cinema, sem pipocas, sem empurrões,
sem gritinhos histéricos e com um intervalo generoso, o suficiente
para contar os passos até à esplanada.
A ficção cientifica de saga Alien já
foi à trinta anos mas depois de ver Prometheus, fico com a impressão
que o tempo não passou, ou se passou não se fez notar na tecnologia
envolvida, a não ser pelo 3D. Eu vi o filme a 2D (sou conservador nestas coisas de sensações e profundidades) e posso dizer que os efeitos especiais (2D) são
extraordinários; a história respira sem ajuda desses efeitos e as
personagens são sólidas o suficiente para justificarem e defenderem
a sua tarefa no filme, em especial a brilhante Moomi Rapace (a
menina Lisbeth Salander da versão sueca de «Millennium»)
O argumento não é novo. Mas torna-se
quase filosófico quando aborda a existência divina na criação da
humanidade. Sendo esses “Deuses”, visitantes extraterrestres e as
muitas interrogações que se levantam sobre as diferentes
civilizações ( Maias, Sumérias, Egípcias) que adorariam esses
seres humanoídes de grandes proporções, edificando esculturas e
pinturas onde essas entidades divinas, de braços erguidos aos céus,
supostamente apontavam para uma determinada constelação.
Essa é a viagem que a tripulação da
nave Prometheus vai realizar em busca de uma resposta para a criação
dos nossos erros e das nossas virtudes.
Levei alguns murros nos estômago.
Quem viu o filme não se vai esquecer da operação cirúrgica que é
realizada em tempo recorde para retirar um “feto indesejado” e
ficamos por aqui.
Valeu o dinheiro do bilhete? Sim.
Voltava a ver? Sim. Se estamos perante um filme de culto? Creio que
não, com a saga Alien o 8º Passageiro por perto, falta-lhe uma
estrelinha, aquela novidade.
Já ouvi que este é um "tiro no pé" de Ridley Scott pelo facebook, mas sendo esta uma fonte inviável de informação, o mais certo é aventurar-me e seguir o conselho aqui dado, não obstante algumas reservas.
ResponderEliminarObrigado pela critica!
oincontestado.com
Agradeço a opinião e espero que não tenha dado por mal empregue o tempo e o filme. Obrigado.
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