The Cure
há coisas que só o tempo explica e por
vezes complica. há canções que nos marcam na pele, como se fosse
uma cicatriz indelével e intemporal, algo que está lá, não se vê,
mas quando ouvimos um acorde daquela canção acorda a ferida voraz
de emoções, às vezes doí, outras vezes não, passamos as mãos
pela pele e sentimos que aquele momento foi só nosso. depois de duas
horas de cura, perdemos vinte anos e vinte rugas e outras dores.
e
isto só foi possível porque os rapazes não choram quando ouvem
canções de embalar.
Awolnation
se houvesse mais...
gostei do "Sail "(música que actualmente
têm que gramar quando ligam para o meu telemóvel) fez-me lembrar
muita coisa, não vou dizer o quê porque não gosto de comparar musicalmente
o que é geneticamente incomparável, gostei da energia do homem e da maneira como arrebatou
a plateia e moldou o rock de músculo com um toque suave de pop.
como
eles dizem, fazem música para todos gostos e para todas as nações, querem
lá saber dos rótulos, e muito bem.
Tricky
foi curioso de ver estilo do homem,
doseando o culto do corpo (suponho que era vinho e tabaco) com a
postura de provocação genital. mas afinal estava enganado, não foi nada disto...
porque o mesmo actor que de língua de
fora ameaçava a plateia com um voz sussurrante e provocadora,
convidou humildemente a mesma a subir para o palco (ao som de uma versão de "Ace
of Spades", dos Mötörhead)
e veio a invasão de palco, o público
junto com os músicos, no mesmo patamar de altura e de contemplação, assim
é que devia de ser, de vez em quando. fazia falta.
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