quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Em busca da alvéola-amarela-oriental



Para evitar o trânsito caótico da A5, partimos às 06:45 para a Ponta da Erva com o intuito de registar a raridade destes primeiros dias de Dezembro. De seu nome alvéola-amarela-oriental (Motacilla tschutschensis), uma espécie nativa das longínquas latitudes da Mongólia, China e Rússia, e que estoicamente, realizou uma longa viagem para chegar até este cantinho à beira-mar ensolarado. Uma vez no local, e como tudo na vida, tivemos sorte e encontrámos a ave no meio de outras alvéolas-brancas; a voar descontraída entre talhões de terra lavrada. Aqui ficam alguns momentos:



Os saltos da alvéola-oriental









Depois ainda tivemos oportunidade de observar outros bichos que encantavam de deslumbre a paisagem Ribatejana.


Com a primeira luz do dia este esmerilhão permitiu uma aproximação razoável.





Já com avançar da manhã, o curioso chapim-de-mascarilha decidiu espreitar entre caniços para ver quem seriam aqueles que por ali passavam.





Na berma da estrada, escondido no meio da vegetação, este bútio-comum tinha acabado de caçar um lagostim vermelho do Luisiana uma autêntica praga para os arrozais.



Enquanto procurávamos a alvéola não resisti a fotografar a graciosidade do pernilongo na sua procura por alimento.



Uma raridade que não permitiu grandes aproximações, foram estes gansos-de-testa-branca que ao longe, na margem direita do canal, compunham o cenário da lezíria.



O fascínio dos bandos e a força da natureza, em contraponto com as cidades e a coexistência de diferentes dimensões.




as íbis e abstracção da cor 


Estas saídas têm mais piada quando juntamos amigos a este "passatempo" de paciência e procura, como tal, aqui deixo os meus agradecimentos ao Frade, ao Luís, ao Joel e claro ao Magnus Robb responsável pela fantástica descoberta.

Fotografias realizadas a 06 de Dezembro.

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