Ao chorar das pedras nunca assisti mas pedras que "parem" outras pedras... só em Arouca! Mundialmente este fenómeno só encontra comparação com uma outra ocorrência na Rússia. Situada na aldeia da Castanheira, no planalto da Serra da Freita, em pleno concelho de Arouca, este é sem dúvida um geossítio de relevante importância internacional. Para quem chega com vontade de ver as pedras, o acesso é realizado por passadiços de madeira onde podemos observar a área de afloramento rochoso. Subimos e descemos pelos caminhos de madeira ladeados por um manto rochoso aclarado com "buracos" de onde saíram pequenas rochas. Mas como?
Na verdade trata-se de rochas sedimentares que aquando da sua formação terão acumulado no seu interior resquícios de outros compostos rochosos - encraves. Os ditos encraves são corpos rochosos que estão aprisionados no interior da pedra granítica original é são libertados por acção erosiva. Estima-se que o granito original terá 280 milhões de anos e terá estado na origem destas deformações. Depois de fazer o percurso em torno das pedras, ainda assisti no centro de interpretação local, a uma curiosa apresentação destes caprichos da natureza. Não! Desengane-se quem pensar que pode levar para casa uma pedrinha destas como recordação, ficamo-nos apenas pelas fotografias, que às vezes podem parir outras ideias.
Excelente e deveras instrutiva explicação, para este fenómeno das pedras parideiras, na Serra da Freita. Os meus parabéns.
ResponderEliminarObrigado Manuel. Uma abraço.
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