Situado em pleno Parque Natural da Arrábida, o Parque Ambiental do Alambre reúne excelentes condições para observação e fotografia de aves. Existem dois abrigos para o efeito e foi no abrigo da trepadeira que no mês de Fevereiro aproveitei para fotografar a graciosidade e o dialogo entre passeriformes e o meio envolvente.
Mesmo antes de chegar ao abrigo, perto de umas mesas de merendas, tive oportunidade de observar esta trepadeira-azul (Sitta europaea). O bicho não conteve a curiosidade e veio ver se lhe calhava algum acepipe.
Já instalado no abrigo pude observar a ferreirinha-comum (Prunella modularis) que andava muito entretida com os seus afazeres nutricionais, não ligando às disputas entre poisos que de vez em quando ocorriam com outras aves.
A uns escassos dois metros da janela do abrigo, uma fêmea de lugre (Carduelis spinus) decidiu mostrar todo seu esplendor aproveitando o sol e as sementes que abundavam naquela manhã fria de Fevereiro, E sem medo por ali evoluiu calmamente, saltitando entre poleiros, feliz certamente por ainda permanecer por terras a sul.
Já o pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) veio e (en) cantou num tom tão alto quanto melódico.
Perante tal cantoria, o chapim-azul (Cyanistes caeruleus) veio também dar acompanhamento à sinfonia num trinado muito especial
O chapim-de-poupa (Lophophanes cristatus) com um "penteado" a preceito engalanou-se para asssitir ao canto à desgarrada.
Num frenético combate aéreo, os vendilhões (Carduelis chloris) e o seu mau feitio gladeavam-se num duelo de bico afiado.
Mais discreto o chapim-carvoeiro (Periparus ater) apareceu de fugida,
não sem antes, desencanear-se uma pequena altercação com o sue primo chapim-azul.
Foi nesse momento que surgiu o chapim-real (Parus major) para moderar os ânimos mais exaltados.
O tempo voou entre asas e cantos deixando a promessa de um dia voltar.
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