domingo, 15 de setembro de 2013

Em domingos como este




Em domingos como este
morre o verão na página de um livro já lido.
Setembro é apenas um nome como outro qualquer,
como podia ser: nono-mês-esperança
por isso saímos de casa para apanhar sol na ponta dos dedos.
no banco do jardim as gralhas ocupam o lugar da sombra
e riem-se do brilho dos nossos últimos erros,
timidamente desviamos o olhar e continuamos o nosso caminho
no compromisso diário de seguir em frente.
somos distraídos pelo abraço do jardim com árvores seculares,
e pelas máquinas fazedoras de silêncios 
de tantos domingueiros solitários. 
como sempre acabamos por ocupar lugar nenhum.
no final do dia julgamos que o domingo serve para isto mesmo,
uma vez renovado o ciclo da língua e da lágrima tudo o resto é ganho.

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