quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Pilrito-escuro na praia da Parede

É com agrado que constato que os pilritos-escuros (Calidris maritima) escolheram a praia da Parede para local de invernada. Esta espécie oriunda do norte da Europa não é muito comum em Portugal, sendo uma ave que opta por praias com constituição rochosa para se alimentar. Sobre este avistamento, já tinha sido alertado pelo meu amigo Frade para a sua localização junto ao hospital Sant´Ana. Assim, quando as folgas chegaram, agarrei nos binóculos e na máquina fotográfica e iniciei uma caminhada de 10 quilómetros pela marginal. A temperatura rondava os 18º graus, e é incrível como em Fevereiro as praias pululam de actividade; desde desmedidos banhistas, pescadores, surfistas, caminhantes, mirones e cães excitados a passear o dono obediente, toda uma alegre fauna que não pode ver um raio de sol para se fazer às praias e reclamar esse momento de urgência e embriagada reflexão. Como eu os compreendo e até me incluo na pândega de andarilhos. Caminhei de Carcavelos à Parede em busca do discreto pilrito, até que por fim, lá o encontrei a alimentar-se numas rochas banhadas pela maré que subia com o chegar do fim de tarde e com ela, o frio que me apelidava de doido alegre. 


A luz não estava muito favorável, sendo estas as fotos possíveis dos  meus amigos e seus correlegionários de maré.

Eram dois pilritos-escuros que se alimentavam com o que a água levantava.








O mesma rotina de alimentação tinha este pilrito-das-praias (Calidris alba) que tão bem acompanhava os seus primos mais escuros. 



Claro que não podia faltar a rola-do mar (Arenaria interpres) com as suas movimentações repentinas.


Entro ir e voltar, levantou-se um bando de gaivotas-de-cabeça-escura (Larus melanocephalus) cruzando a ondulação atlântica.





Aqui podem consultar a lista do eBird

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