Os Xutos foram o meu despertar para a música. Ainda miúdo, lembro-me de vibrar com temas como Avé-Maria, Falhas, Esquadrão da Morte, Morte Lenta, Voo das Águias, Sexo ou Barcos Gregos. Era o rock português a espernear Isto foi há muito tempo. Aqui o tempo tem um rasto musical que atravessa a memória e nos abraça em saudade. Lembro-me de assistir ao meu primeiro concerto no pavilhão dos Belenenses a fazer um X com os braços, aos pulos, a cantar as letras de cor, não podia falhar. A rapidez das canções era como murros no estômago e abanões e as letras falavam de coisas tão próximas mas que eu nunca ouvira cantar. Recordo os Xutos, mas acima de tudo lembro-me do Zé Pedro como bandeira da banda. Foi neste dia que tive o privilégio de cumprimentar. Humildemente feliz. fiquei, e ele ainda mais humilde ficou a sorrir. De sorriso pronto, simpatia contagiante e simplicidade única. A alma das canções é eterna, tal como o sorriso de quem as desenhou e nos ofereceu a transcendência da música e das suas pétalas. Oiço uma e outra vez, o Homem do Leme e não sei como parar este desconforto de grito mudo . Até Sempre Zé Pedro e Obrigado!
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
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