sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Santuário da Peninha e as suas aves



Novembro quente! De manhã cedo, quando chegámos ao Santuário da Peninha com céu azul e o sol ameaçador, já a temperatura aproximava-se dos vinte graus. Num primeiro olhar não avistámos nenhuma ave, pelo menos daquelas que procurávamos, a ferreirinha-alpina "Prunella collaris" e o melro-de-colar "Turdus torquatus". Foram precisos calcorrear alguns degraus e queimar alguns minutos a saborear a vista desafogada entre Sintra e Cascais para que poisasse um "passarinho" nas vedações de madeira e depois saltasse para o chão. Era altura de rastejar até lá, qual soldado a avançar pelo campo de batalha (infeliz metáfora bélica). A ave colaborou e a luz naquele momento não estava má, aproveitei para fazer alguns registos com a objectiva rente ao chão, numa abordagem ao nível do olhar do bicho. As minhas costas não se queixaram... Pelos vistos a ferreirinha sentiu-se mimada, centro de todas as atenções, uma vez que tive que sair da frente desta indómita viajante, para que a menina prosseguisse a sua demanda em torno de pequenos caracóis. Ainda lhe tentei dizer que por cá, não comemos caracóis durante os meses que tenham no nome um "r". Não valeu de muito. Vivemos um Novembro atípico.










Depois foi a vez do melro-de-colar

Madrugar? Já basta quando tenho que ir trabalhar em turnos esquisitos... contudo nestes casos tem que ser! É de referir que no local já estavam desde manhãzinha dois companheiros de fotografia a tentar  a sua sorte e acho que não se deram mal. O turdus torquatus andava de um lado para o outro contornado o Santuário da Peninha, porém nunca permitindo grandes aproximações. Foi então que decidi seguir o conselho de uma senhora já o tinha fotografado. Aguardei nas escadarias escondido atrás do muro, até que a ave voltou para comer umas bagas e permitiu fazer umas fotografias. Sim, foi uma questão de sorte e persistência. Ah madrugar... madrugar!






Não podia deixar o fantástico Santuário da Peninha sem guardar uns momentos para reflexão em torno do misticismo dos elementos e da conjugação dos símbolos.








Agradecimentos
José Frade





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