domingo, 22 de janeiro de 2017

Em busca da petinha-de-garganta-ruiva (Anthus cervinus)






Neste mês de Janeiro avesso à chuva e com temperaturas baixas fomos até à Foz do Sizandro na esperança de encontrar a petinha-de-garganta-ruiva, e quem sabe, com um pouco de sorte, não dávamos de caras com alguma outra raridade. No local andavam muitas petinhas confiantes e seguras das nossas dúvidas ornitológicas, voando de poça em poça, dificultando a tarefa de acertar com espécie pretendida. Não foi fácil dar com a menina que nos levara até ali, contudo o canto foi o elemento diferenciador que nos ajudou a identificar e depois seguir a ave nas suas incursões por entre lama e poças de água. Durante duas horas observamos o bicho várias vezes e seguimos as suas intermitências comportamentais. Quem nos visse do ar, depois de tanto caminhar, por certo teríamos desenhando com os nossos passos um traçado labiríntico naquela zona. Antes de irmos almoçar conseguimos alguns registos para a posterioridade desta petinha-de-garganta-ruiva (Anthus cervinus) na Foz do Sizandro. Seguiu-se o almoço no restaurante Ponto Final onde degustei uma adorável dourada escalada regada com vinho branco - recomendável. A tarde fomos à procura de gansos de faces brancas mas o que encontrámos digno de registo foi o ataque aéreo de um falcão-peregrino a um corvo-marinho que foi completamente apanhado de surpresa, como podem ler no próximo artigo.




Por vezes colaborante esta petinha permitiu alguma aproximação.


Tão depressa parava como desatava a correr, perseguida por um qualquer inimigo imaginário.



Curiosa contemplava as movimentações das outras petinhas.


Contudo nunca se misturou com as outras aves.


"Ora poisava ali e depois voava para acolá", tantas foram as esperas e as incursões por aqueles terrenos, que fizemos vários quilómetros atrás desta ave irrequieta.






Agradecimentos: José Frade



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