Outubro quente. Quando chegámos às imediações da Base Aérea de Sintra estavam 27 graus e o verão parecia não ter fim. Desde logo tentámos localizar gralhas-pretas e com elas a gralha-cinzenta. Demos várias voltas, desfeitas em várias horas, percorremos os terrenos adjacentes e pequenas localidades, até que avistámos perto da base aérea uma gralha e depois mais duas e com elas a tão desejada gralha-cinzenta. Estavam longe, andavam entretidas no solo com pequenos insectos, perfazendo um pequeno bando que aparentemente aceitara a gralha-cinzenta como novo elemento. Tentámos uma melhor aproximação, deixando o carro deslizar por entre o mato, porém os corvídeos não colaboraram, partindo em debandada, primeiro as gralhas-pretas e só depois a gralha-cinzenta.
A gralha-cinzenta (Corvus cornix) é relativamente do mesmo tamanho da gralha-preta (Corvus corone). Apresenta a cabeça e asas escuras sendo a restante plumagem marcadamente cinzenta. Trata-se de uma ave oriunda do centro e do norte Europa, estendo-se a sua distribuição até à Ásia e Egipto. Para Portugal é uma raridade.
Entretanto, enquanto no meio da busca ainda deu para registar o banho de sol de um sardão (Lacerta lepida)
E surpresa maior, o meu primeiro contacto com um Rabirruivo-de-testa-branca (Phoenicurus phoenicurus)
Agradecimentos:
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