O povo saiu à rua para colorir a noite de vermelho e verde e dar voz a uma nação que por instantes esqueceu outras dores e foi feliz.
Gosto de futebol. Sempre gostei. Tenho o meu clube mas é na selecção nacional que revejo a unanimidade de um povo, em torno de uma nação; uma língua inteira a saborear a casa do mesmo fado - Sofrer e até ao fim. Mas valeu a pena, não pela vingança fria desportiva que aparta os fortes da razão mas antes pela comunhão entre heróis de um rectângulo à beira mar plantado.
Foi muito bom calar a Europa, que agora fala de sanções económicas ao nosso país para esquecer o impulso que nos faz saltar da cadeira como uma mola e gritar Portugal! Portugal! Ser Portugal.
Um povo que por necessidade teve que emigrar para procurar novas oportunidades. Por vezes, com escárnio, fomos tratados como "pequeninos" carpinteiros, ladrilhadores, pedreiros, porteiras, senhoras da limpeza,... É verdade somos obreiros com muito orgulho! Fazemos aquilo que outros não querem fazer. Reconstruímos países e sonhamos! Para depois, voltar a casa com o fado da saudade mas sempre a sorrir.
Este foi um feito histórico. Não me recordo de outra manifestação popular de ampla e explosiva alegria que una pelo mundo toda a lusofonia. Foi a bola que nos fez pular mas também foi a alma de ser Português que nos fez voar e descobrir.
Temos que continuar acreditar que somos capazes e fazer acontecer sonhos!
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