terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Berlim
sei que um dia virás do lado oriental do sonho
até lá dou de beber ao desengano do homem
nas asas mecânicas dos relógios da guerra fria,
cruel teia de luz de que falam os meus dedos.
(acerto o tempo em que não te vejo)
dia após dia salgo a saudade em carne viva,
leio-te nos livros onde diariamente nascem páginas novas
das quais arranco letras com a memória dos olhos
para saborear a caligrafia longínqua da tua concha abrigo.
(imagino que te prolongo para além dos abraços)
até que ao oitavo sol recebo-te num corpo postal
um eco a preto e branco de uma cidade dividida,
quando nasceste caíram muros e o mundo ficou mais perto
mas aqui estou eu no meu lado ocidental a florir sentado.
(em cima das raízes e dos destroços da tua paz)
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