Compreendes agora porque olho nos olhos
da madrugada?
de todas as coisas que te queria dizer
há uma que guardo sempre para amanhã
no desalinho eterno de adiar
como se quisesse naufragar
em todos os horizontes
fora de todas as coisas já ditas.
por isso, meu amor,
que hoje seja um dia qualquer
sem destino ou paragem,
apenas lábio de sol em flor
e amanhã?
que haja sempre uma vereda
corpo poema.
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