Não te liguei para combinarmos o almoço
tampouco para salvaguardar o teu bom sono,
o telefone reclamou pela tua voz,
mas o silêncio de sal sulcou a realidade.
dói-me onde não estás
o vazio que ocupas é esmagador,
as tuas singelas casas são flores que se fecham à noite
o dia é curto e tão depressa não saberei florir.
nesta dimensão sangro a tua saudade,
por aí, imagino que estejas a fazer um doce café,
talvez por essa razão, acordo às 3:10 da manhã,
hora a que disseste Adeus à última pedra do nosso nome.
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