segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Livro boomerang

 


os livros que empresto quase nunca voltam, 

se regressam, são outra coisa qualquer,

entre a fruto ácido e a lâmina por afiar,

outros, ficam-se pelo alvéolo do novo dono.


gostava de me emprestar a outras mãos,

a outros olhos, e se regressa-se, seria outro átomo,

diferente deste poema boomerang que atiro para longe,

na esperança de não voltar ao mesmo.



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