domingo, 27 de novembro de 2022

ecrã cabeça

 


O vagar e a oportunidade esmagam-me a escrita

quero decompor um poema até à seiva, porém…

falham-me os dedos por entre o carcere do tempo,

a musicalidade com que digo não já é um bom começo.

 

não me arrependo dos dias gastos com a cabeça

enfiada na luz azul dos ecrãs, são eles que sustentam

a completa invasão do fluxo binário homem-trabalho,  

este é o meu ganha-pão – não pertencer a nada.


ser um ponto remoto de mim.

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