Longe mas perto. São breves segundos, num pequeno vídeo nem sempre bem focado, que ilustram o aparecimento desta raridade em Portugal.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Lagoa de Albufeira
Os textos sobre fotografar passarinhos começam geralmente por, cedo fizemo-nos à estrada, e este não é excepção. Assim sendo cá vamos nós, cedinho dirigirmo-nos até à Lagoa de Albufeira para registar algumas aves mas não só. Trazíamos na ideia observar o açor e a lontra mas para isso era preciso muita sorte. Nestas coisas da natureza nada é certo, não vimos nem um, nem outro. Porém, não demos a viagem como perdida uma vez que tivemos a sorte de fotografar as manobras exibicionistas deste zarro-castanho entre outras aves que embelezavam a lagoa. O sol raramente espreitou mas as aves fizeram de estrela de uma constelação de rica biodiversidade.
Patos e patinhos o zarro-castanho foi o maior protagonista.
Foi curiosos observar que o zarro-castanho juntava-se ao bando de patos-trompeteiros para um voo conjunto.
Ainda apareceram vários zarros-negrinha com uma indumentária de limos
e a alimentação do casal
a calma do pato.trombeteiro
O pequeno mergulhão veio pescar para junto do abrigo.
Enquanto a marrequinha vagarosamente desfilou sem timidez.
O diálogo entre árvores e nuvens.
Na lagoa grande, ainda o sol não tinha dado um ar da sua graça, já os pescadores se faziam à vida juntamente com os irrequietos galeirões
E por fim ainda fizemos o exercício (nem sempre bem conseguido) de arrasto e sombras de um voo.
Em resumo foi uma manhã bem passada.
Agradecimentos:
José Frade
Luís Arinto
Manuel Aldeias.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2019
Águia-de-Bonelli - um inesperado encontro
Com intuito de observar algumas espécies emblemáticas da Reserva Natural do Estuário do Tejo, fizemos a nossa primeira visita do ano à Ponta da Erva. Desde já confesso a minha admiração por aves de rapina e nesta saída de campo fomos brindados com o vislumbre de uma espécie que muito me apraz registar - águia-de-Bonelli (Aquila fasciata).
Mas não foi só, ainda observámos uma águia-pesqueira, corujas-do-nabal, bútios e tartaranhões, entre outras aves que constam da lista realizada pelo José Frade. Para combater o frio que nos desinquietava as orelhas, alimentámos o estômago com carne e regámos o almoço com um vinho local, havendo ainda tempo para um brinde com macieira a estes efémeros dias de Janeiro.
Os diapositivos que restaram da voragem apagadora.
As corujas-do-nabal estavam escondidas por entre a vegetação e assim que a nossa presença se fez notar, levantaram voo mas sempre a controlar as nossas movimentações.
De olhar inquisidor este curioso bútio não parecia muito preocupado com os homens que se escondiam atrás das objectivas
Ao longe uma águia-pesqueira exibia o seu troféu pelos céus da lezíria.
Aquando dos últimos raios de luz, surgiu este imponente exemplar de águia-de-Bonelli (Aquila fasciata) a rasar as nossas cabeças e o nosso espanto. Nós a tentarmos sair do carro à pressa para fotografar e o bicho quase a cobrir da viatura com a sua sombra. Em silêncio tirei 3 fotografias e contemplei a envergadura imensa do seu lento adejar, ao mesmo tempo que o sol caia na lezíria. Eu sei que a luz não era a melhor nem o ângulo o mais favorável, contudo, desde o primeiro clique, fiquei com a sensação de serem estes momentos únicos e por isso mesmo, indeléveis e memoráveis, onde a foto é só e apenas o engenho temporal.
Cá em baixo, ficam reflexos de uma procura constante.
Ficámos sem saber se foi assim o nascer do sol ou o cair do dia e ainda bem.
Agradecimentos:
José Frade
Luís Arinto
Humberto Matos
sábado, 5 de janeiro de 2019
Em busca do eider-real
Partimos cedo para Tróia em busca do eider-real (Somateria spectabilis). Em Setúbal embarcámos no ferry e independente do frio que se fazia sentir, fizemos a travessia do Sado atentos às surpresas que o rio nos podia reservar, porém não tivemos sorte e tampouco avistámos aves interessantes ou golfinhos. Depois de umas curvas e contracurvas pelas estradas dos empreendimentos de Tróia encontrámos uma praia quase deserta, sendo apenas frequentada por uns amigos observadores de aves a contemplar com alguma tristeza e resignação, a distância a que os bichos se encontravam. O voo das aves é surpreendente e as distâncias são sempre relativas mediante motivações ou necessidades. O ano passado fomos até à Noruega na esperança de observar esta espectacular ave, contudo foi precisamente em Portugal que a vimos.
Está longe eu sei, mas está aqui...
Ave encontrada por Luís Gordinho.
Agradecimentos:
Família Frade
Luís Arinto
Humberto Matos
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