Às vezes não é preciso percorrer grandes distâncias para sermos surpreendidos pela magia da natureza. Por vezes os pequenos grandes fenómenos naturais sucedem-se mesmo do outro lado da rua. Foi isso que aconteceu quando saí de casa para fazer uma caminhada ao deparar-me com uma pequena orquídea silvestre Serapias parviflora, de nome comum serapião-de-flor-pequena, escondida no meio da vegetação. Depois de olhar com mais atenção, reparei que não era uma mas sim dezenas delas povoando os terrenos baldios que cercavam o acesso à estrada. Pé ante pé, com cuidado e com vista atenta para não pisar estas surpresas florais, menos de um metro à frente fui brindado com a explosão de cor de uma outra orquídea, a Anacamptis pyramidalis, também conhecida por satirião-menor. Esta extraordinária planta iluminou o meu silêncio de fim da tarde. Ao fazer algumas fotos reparei que a orquídea estava a ser usada como ninho para aranhas que de pétala em pétala urdiam a sua teia. São estes os desígnios que a natureza tece pela sobrevivência das espécies, enquanto eu percorro mais um dia pela fragilidade destes olhos.
Deitado no chão junto da Serapias parviflora, em segundo plano surge a Anacamptis pyramidalis.
Vários estágios do crescimento da planta:
Pormenores da flor da Serapias parviflora
A menos de um metro duas orquídeas diferentes. Com o foco a incidir sobre a Anacamptis pyramidalis deixando em segundo plano a Serapias parviflora.
Composições com a Anacamptis pyramidalis e os sua vizinhança amarela.
Pormenores das sépalas, pétalas e labelo.
E quando a aranha faz da orquídea a sua casa.
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