Em Leitura Portátil hoje acabei de ler "A Escavação" de
Andrei Platónov.
Este romance distópico é de igual forma
uma crítica apurada à edificação do regime socialista soviético. No decorrer da história, os operários escavam os alicerces de um enorme edifício
que servirá para albergar todo o proletariado, enquanto promessa de progresso e bem-estar social.
Gostei particularmente das seguintes personagens:
Voschev, homem inquieto em busca constante pela "verdade desta vida" e que após ter sido despedido de uma pequena fábrica, junta-se aos restantes operários para a construção deste gigantesco edifício. Tal como Pruchevski, eng.º que sonhava com a sua morte e que idealizou e projectou o edifício global. E também, Jatchev, um mutilado que anda de cadeira de rodas e critica com desdém todos os operários, por vezes com estiradas cómicas, contrapondo com assomos de ternura para com uma menina misteriosa que queria abraçar os ossos da sua falecida mãe. Essa menina é Nástia, uma criança que será a metáfora reveladora deste romance.
Voschev, homem inquieto em busca constante pela "verdade desta vida" e que após ter sido despedido de uma pequena fábrica, junta-se aos restantes operários para a construção deste gigantesco edifício. Tal como Pruchevski, eng.º que sonhava com a sua morte e que idealizou e projectou o edifício global. E também, Jatchev, um mutilado que anda de cadeira de rodas e critica com desdém todos os operários, por vezes com estiradas cómicas, contrapondo com assomos de ternura para com uma menina misteriosa que queria abraçar os ossos da sua falecida mãe. Essa menina é Nástia, uma criança que será a metáfora reveladora deste romance.
Algumas passagens interessantes:
“Sentindo a sua tristeza devido ao movimento organizado
contra ele, veio aqui por si próprio e deitou-se entre os defuntos e morreu
pessoalmente”
“Com a cuidadosa ganância de quando o proveito é mais
necessário que o prejuízo”
Foram 172 páginas de boa companhia
***
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