Em Melides estas libelinhas embelezavam com voos dóceis as águas que sobravam das fontes e dos tanques. Estávamos no pico do verão e o calor apelava a locais frescos e de sombra fácil, talvez por isso, o gaiteiro negro (Calopteryx haemorrhoidalis) espalha-se magia por estas terras alentejanas e tudo resto cantava em harmoniosa canícula.
Quando dois gaiteiros procuram o mesmo poleiro, quem sofre é quem está por debaixo do poiso...
A fêmea de gaiteiro negro aguarda pacientemente a chegada do seu par triunfante.
E assim se conduz o burilar de pequenas jóias pelas mãos silenciosas da natureza num aprimorado requinte.
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