Da terra seca abre-se uma boca de caleidoscópio,
da qual nascem cores indecifráveis das órbitas humanas.
a pele deste inferno, despido de fala, é tão seca que dos poros de argila
evaporam-se palavras nas linhas da mão.
por mais que escaves com a enxada que te serve de corpo
a manta morta remexida da memória não é regada há muito tempo;
não chove faz três meses e a terra lamenta a falta de lágrima nos lábios em ferrugem
mas continuam a surgir arco-íris voadores das pálpebras dos dias frios,
que poisam na ponta dos dedos dos fazedores de chuva
e de outras mulheres de sina bela.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O apagão e a memória
(Às 11:33 o país apagou-se) Junto à janela, o rádio a pilhas, acompanhava as orações da minha avó, de voz baixa, da alma para o dedo, ao ...

-
Em Junho deste ano, quando estava a gravar a entrevista para a reportagem da Sic sobre o Parque Florestal de Monsanto , perguntaram-s...
-
E assim dei por terminada a leitura destas páginas que me inquietaram durante mais de um ano. Debaixo do braço ou na mochila, transport...
-
Durante vários anos andei à procura desta fantástica ave. Desde jardins em propriedade privada, cedidos amavelmente a título de empréstimo...
Sem comentários:
Enviar um comentário